Manicômios: um problema social
Neste dia 18 de maio será comemorado, em todo o país, o dia da Luta Antimanicomial. Nesta data, os trabalhadores da Saúde Mental irão se reunir para discutir os avanços e pendências do movimento
No Espírito Santo, os conselheiros do CRP 16 e os demais profissionais, que atuam na área de saúde mental, também fazem um encontro em prol da Luta Antimanicomial. O tema deste ano gira em torno dos direitos humanos e consequentemente do papel dos conselhos de psicologia no âmbito da fiscalização.
Essa discussão tem como objetivo acompanhar o desenvolvimento da Reforma Psiquiátrica envolvendo outros conselhos profissionais da área da saúde. O CRP 16 pretende, ainda esse mês, promover a assinatura do Termo de Fiscalização Conjunta com outros conselhos de classe, entre eles a Fonoaudiologia, Fisioterapia, Medicina, Enfermagem e Terapia ocupacional, bem como áreas afins como a OAB e o CRESS.
Na tentativa de abolir os manicômios, os profissionais apostam na inserção comunitária para a reabilitação de pessoas com transtornos mentais. Segundo o psicólogo e conselheiro, Jairo Guerra, a cultura que os psicólogos estão criando é dar ênfase ao aparato familiar em conjunto com os trabalhadores da Saúde Mental.
“Receitar remédios e exilar pessoas não resolve o problema, elas precisam ser aceitas pela sociedade. Para isso os psicólogos propõem o fim do manicômio judiciário e o começo da integração comunitária”, explica.
Atualmente existem muitos manicômios no Brasil que violam os direitos humanos, mantendo os internos exilados. Os Conselhos Regionais de Psicologia não podem determinar o fechamento dos manicômios, mas atuam denunciando e acionando órgãos responsáveis do Estado, para averiguar se a prática psicológica está atendendo de forma correta aos pacientes.