CRP-16 volta a discutir medicalização e patologização nas escolas
Comissão de Educação retoma suas reuniões a partir de fevereiro de 2012
Após a exibição de três vídeos sobre como a medicalização, o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), entre outros assuntos são tratados na área educacional, as/os participantes iniciaram debate mostrando as dificuldades que encontram em sua atuação.
“É difícil problematizar a questão, porque o tempo da escola não permite, eles (direção da escola) querem logo uma solução do psicólogo escolar, como se falassem para gente – ajeita esse menino e o coloca dentro de sala para mim”, salientou a psicóloga Vanessa Ramalho Manhães.
Maria Carolina ratificou a fala da colega Vanessa. “Como que é problematizar isso dentro desse espaço com todas as exigências da nossa prática como profissional. Será que o enfretamento tem que ser pela via do combate ou fraturando a coisa do ‘modelito’”, questionou.
Ela também mostrou o que considera um caminho adequado nessa discussão. “A gente precisa criar estratégias que sejam sensíveis e não apenas de combate, de problematizar”, disse.
Fórum
A Comissão de Educação já havia tratado do tema medicalização e patologização nas escolas, na reunião do dia 23 de novembro.
Naquela ocasião, a convidada foi a psicóloga pós-doutora em Psicologia Luciana Caliman.
Ela teve a ideia de criar um fórum para discutir a medicalização e patologização nas escolas do Estado e ressaltou a importância deste assunto para atuação profissional dos psicólogos no espaço educacional.
Próxima reunião
Em virtude das festas de fim de ano e do recesso em janeiro para muitos que atuam na área educacional, a retomada dos encontros da Comissão de Educação deve ocorrer em fevereiro de 2012.
Assim que houver a definição, a data será disponibilizada nos meios de comunicação do CRP-16.