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CRP-16 dá início às atividades do 6º Corep/11º CNP

Postado no dia 12 de agosto de 2021, às 09:48

Reunião de GT Psicologia, Laicidade e Diversidade Religiosa é o primeiro evento preparatório do Congresso Regional da Psicologia/Congresso Nacional da Psicologia 


O CRP-16 iniciou, oficialmente, as atividades referentes ao 6º Congresso Regional da Psicologia (Corep) e ao 11º Congresso Regional da Psicologia (CNP). O marco inicial da 6ª edição do Corep foi a reunião do grupo de trabalho (GT) Psicologia, Laicidade e Diversidade Religiosa da Comissão de Direitos Humanos do CRP-16, realizada no dia 5 de agosto de 2021, virtualmente, pela plataforma Google Meet.

O tema da reunião do GT foi “Assim na Terra como no céu: gênero e construção identitária em contextos religiosos”. Quem participou do encontro preparatório ao 6º Corep/11º CNP pode fazer propostas relacionadas à temática (Psicologia, Laicidade e Diversidade Religiosa) até o dia 10 de setembro, utilizando este formulário online.

Tema e funcionamento do CNP/Corep
O tema do 11º CNP será o mesmo dos Coreps (Congressos Regionais realizados por cada CRP). A temática escolhida para esta edição é: “O impacto psicossocial da pandemia desafios e compromisso da psicologia brasileira frente as desigualdades sociais”.

No início da reunião do GT, a gerente técnica do CRP-16, Juliana Brunoro (CRP-16 3237), informou sobre o tema e explicou o funcionamento do CNP. “Os eventos preparatórios são o ponto inicial da discussão. A partir de 30 de setembro, o Conselho inicia os pré-Coreps, que serão realizados nos municípios da Grande Vitória e no interior do Estado. Em abril de 2022, será realizado o Corep e depois, a etapa final, o CNP”.

Ela falou também do caráter eleitoral do Congresso Nacional e dos Regionais. Isso porque, as próximas gestões dos CRPs são eleitas ao final de cada Corep. Já a gestão do Conselho Federal de Psicologia é eleita no CNP.

Ou seja, a categoria enviando propostas contribui com o processo de construção democrática e eleitoral do Sistema Conselhos de Psicologia. Isso porque as propostas aprovadas ao final do Corep e do CNP vão balizar as próximas gestões dos Regionais e do Federal.

Propostas. Quem participou da reunião do GT de Psicologia, Laicidade e Diversidade Religiosa do CRP-16 pode encaminhar proposta até o dia 10 de setembro (prazo final para realização dos eventos preparatórios). Essas propostas passarão pelos pré-Coreps e serão sistematizadas no Corep para serem encaminhadas ao CNP.

Para encaminhar sua proposta, clique neste link. 
Confira as informações sobre o 6º Corep/11º CNP.

Interiorização. O Corep é um importante momento de interiorização das atividades do Conselho. A interiorização é política de gestão do VI Plenário do CRP-16. A presidente do Conselho, psicóloga Carolina Roseiro (CRP-16 2644) participou da reunião, apontando que a temática da Psicologia, Laicidade e Diversidade Religiosa é também importante para quem está na formação profissional ou atuando no interior. E reforçou sobre as atenções voltadas para a realização do Corep do CRP-16.

Debate: questão do gênero e religião
O convidado do GT para o debate foi o doutor em Psicologia (UFMG) Alberto Mesaque Martins, que tem experiência na área de Psicologia da Saúde, Saúde Coletiva, Masculinidades, Processos de Saúde e Cura, Experiências Religiosas e Saberes Tradicionais. A mediação foi do psicólogo e doutor em Psicologia, Diemerson Saquetto (CRP-16 2673), colaborador do GT.

Saquetto relembrou as outras reuniões do GT realizadas no primeiro semestre de 2021, revelando que há a possibilidade de registrar os debates em um livro virtual a ser produzido pelo Conselho. E explicou o objetivo do grupo de trabalho.

“A ideia mesmo é trazer psicólogas/os e pesquisadores que são interessados na temática, na relação Psicologia e religião, sempre tratando a laicidade como uma discussão que precisa ser ampla em nossa profissão”, salientou.

“Homens dominam a religião”
O doutor em Psicologia (UFMG) Alberto Mesaque Martins fez um breve histórico da relação da religião com a humanidade, pontuando que a grande maioria das religiões são espaços predominantemente dominados por homens.

“Nós construímos a vida religiosa. A sociedade é uma fábrica de fazer deuses a sua imagem e semelhança, que refletem sentimentos pensamentos forma de organizar o mundo das pessoas que os produzem. As religiões vão se sustentar a partir do dualismo entre o sagrado e o profano. O sagrado é quase sempre, nas religiões cristãs, atribuído ao homem; e o profano à mulher”, analisou.

Inserindo a Psicologia na discussão, Mesaque afirmou que a profissão trabalha dois conceitos: Espiritualidade e Religiosidade.

Diante de todas questões inerentes às religiões (seja do machismo ou mesmo as mais coercitivas que parecem obrigar que as pessoas sigam o que determinada religião entende que deve ser seguido, bem como da criação dos vínculos sociais a partir dos processos religiosos), ele sugeriu: “(As pessoas poderiam) se desligar da religiosidade e encontrar a espiritualidade”.

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