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15 de junho: Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

Postado no dia 15 de junho de 2017, às 15:14

Há políticas públicas relacionadas à violência contra a pessoa idosa, mas elas ainda não são suficientes para atender a demanda

Nessa quinta-feira, 15, é lembrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa e, considerando a importância das/os profissionais psicólogas/os no enfrentamento à questão, o CRP-16 divulga uma entrevista com Patricia Lopes Cordeiro, psicóloga representante do Conselho no Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (CEDDIPI) sobre as violências sofridas por essas pessoas. Confira.

CRP-16 – A pessoa idosa é mais vulnerável à violência. Em quais situações há maior risco de que isso ocorra? Quais são essas violências e quem são os principais agressores de pessoas idosas?

Patrícia Lopes Cordeiro – Existem muitas razões para que as pessoas sofram violência e no caso da pessoa idosa, uma das razões pode ser a fragilização dos vínculos familiares no caso do agressor do idoso ser algum familiar. Os tipos mais comuns de violência contra a pessoa idosa são violência psicológica, violência financeira/patrimonial, violência física e negligência. Os principais agressores são familiares como filho/filha, irmão, esposo(a) mas também o agressor pode ser um vizinho ou um cuidador.

A pessoa idosa também silencia diante da violência? Como identificar sinais de que isso esteja ocorrendo e como é possível ajudar?

A pessoa idosa que sofre violência não denuncia por vários fatores, dentre eles a vergonha, o medo do agressor se tornar mais violento e colocar sua vida em risco, sentimento de culpa, dependência exclusiva do agressor, entre outros. O idoso que está sofrendo violência pode apresentar sinais como lesões no corpo inexplicáveis, medo de um familiar ou cuidador, isolamento, sinais de depressão ou ansiedade, apatia. Em caso de suspeita ou violência contra a pessoa idosa deve ser feita a denúncia em algum serviço de garantia de direitos da pessoa idosa.

Quais são os danos que essa violência causa na pessoa idosa? Chegar em uma idade avançada já é, necessariamente, fator de redução da autoestima da pessoa?

A redução da autoestima da pessoa idosa pode ser considerada um dos danos que a violência pode causar à pessoa idosa. Outros danos podem ser o aumento da ansiedade, sentimento de incapacidade, depressão, irritabilidade, dentre outros.

Por que há desprezo e violência para com as pessoas idosas em nossa sociedade? Há uma espécie de comportamento de descarte com relação às pessoas que envelhecem?

No Brasil, a pessoa idosa é vista como uma pessoa incapaz, dependente, como alguém que chegou no fim da vida e que por isso não tem mais valor. No entanto, essa é uma nova etapa da vida a ser vivida e a pessoa idosa com sua experiência e conhecimento pode ser um exemplo para as pessoas mais jovens.

Há políticas públicas voltadas para essa questão? No que é preciso avançar e o que temos de assistência hoje?

Há políticas públicas, mas elas ainda não são suficientes para atender a demanda referente à pessoa idosa. Um exemplo disso é que no Espírito Santo só há uma Delegacia de Atendimento e Proteção à Pessoa Idosa, o que é insuficiente para atender os casos de violência contra a pessoa idosa que vêm aumentando a cada ano. Atualmente, os serviços de garantia de direitos da pessoa idosa são o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Conselho Municipal do Idoso de Vitória (COMID), Delegacia de Atendimento e Proteção a Pessoa Idosa e o Disque Direitos Humanos (Disque 100). É preciso aumentar os serviços que atendem a pessoa idosa com profissionais que estejam qualificados para trabalhar com a pessoa idosa.

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