Sejus estuda ampliar quadro de psicólogas(os) para atender a projetos do sistema penal
Informação foi dada no encontro promovido pelo CRP-16, que debateu a Resoluçaõ CFP 12/2011
A psicóloga e ex-presidente do CRP 16, Hildiceia dos Santos Affonso e a psicóloga e técnica de orientação e fiscalização do Conselho Ruth Batista foram as debatedoras do encontro. O evento contou ainda com a presença do CREPOP e da presidente do Conselho, Andréa dos Santos Nascimento.
Sejus-ES. A psicóloga e conselheira do CRP-16 Vensely Monserrato Masioli Barbosa informou que a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus-ES) pretende aumentar o número de profissionais da Psicologia para atuar nos projetos psicossociais de saúde e tratamento penal.
De acordo com a conselheira, a área prisional apresenta uma necessidade crescente de trabalhar a subjetividade, suas inter-relações e a construção do sujeito social.
“É uma área que aos poucos vem sendo explorada na Psicologia e alcançado espaço no debate acadêmico e científico. Atualmente, contamos também com estágios sendo oferecidos a estudantes de graduação em Psicologia. Nós estamos desenvolvendo um trabalho de qualidade para que o resultado seja eficaz”, revelou Vensely.
Ela citou ainda como tem sido a inserção da profissão no sistema prisional, que vem ganhando força nos últimos anos.
“2007 foi quando começou a ter um psicólogo, no mínimo, por presídio, eram 16. Agora temos mais profissionais, mas ainda assim este quantitativo está aquém de atender à demanda do sistema prisional capixaba”, destacou a conselheira.
Grupo de trabalho
O CRP-16 está aberto para criar um grupo de trabalho sobre a temática, de acordo com a necessidade dos profissionais que atuam na área prisional.
História recente
A discussão em torno da Resolução CFP nº 12/2011 e da atuação da(o) psicóloga(o) foi conduzida pela psicóloga Hildicéia dos Santos Affonso. Ela chamou atenção para a atuação profissional na área prisional, destacando a importância do papel da psicóloga(o) nesse campo de trabalho.
“A história do psicólogo no sistema prisional (capixaba) é muito recente. É por isso que não podemos esquecer nosso papel, que é munir os operadores de direito de informações, mas não de definições pontuais. A gente não pode afirmar nada, a gente tem que descrever”, frisou Hildicéia.
Segundo a psicóloga, a Resolução CFP nº 12/2011 foi formulada para orientar a(o) profissional da Psicologia no âmbito prisional, em consonância com os instrumentos teóricos e éticos que norteiam a profissão.
“Uma resolução só é construída em acordo com o arcabouço do Código de Ética da Psicologia”, disse, após citar artigos da normativa, como o exame criminológico, entre outros.