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CRP-16 participa da marcha em apoio aos índios Guarani-Kaiowá

Postado no dia 1 de novembro de 2012, às 15:47

Cacique destaca importância do apoio da sociedade civil organizada. Capixabas vão às ruas da capital na luta contra contra o genocídio indígena 

Psicólogos e psicóloga com o cacique Werá Kwaray

Psicólogos e psicóloga com o cacique Werá Kwaray

Centenas de capixabas foram às ruas de Vitória protestar em favor dos índios Guarani-Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, na terça-feira, 30 de outubro de 2012. Foi a marcha contra o extermínio dos indígenas no Brasil, que contou com a participação do CRP-16, entre outras entidades da sociedade civil organizada.Psicólogos, psicólogas, profissionais de outras áreas, estudantes e comunidades indígenas do Estado saíram do campus de Goiabeiras, na Ufes, e percorreram avenidas e ruas da capital até a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), onde foi encerrado o ato, que também aconteceu em outras cidades do País.

Para o conselheiro do CRP-16, Felipe Kosloski, a participação da Psicologia capixaba no ato é um dever profissional.

“É obrigação do psicólogo e da psicóloga dar visibilidade para a questão indígena e fazer jus ao código de ética profissional que desaprova qualquer ato de violação aos direitos humanos”, explicou psicólogo.

Apesar de o ato ter sido motivado pela decisão da Justiça Federal que determinou a reintegração de posse da Fazenda Cambará e a retirada da comunidade Pyelito Kue, formada por 170 índios da etnia Guarani-Kaiowá, em Iguatemi, região sul do Mato Grosso do Sul, a marcha foi um ato em defesa de todos os povos indígenas brasileiros.

Além disso, poucas horas antes da marcha começar, a própria Justiça Federal suspendeu a decisão, e com isso, a comunidade Pyelito Kue pode permanecer no local até que seja finalizada a demarcação das terras indígenas na região.

Confira imagens do ato*.

Trajeto
Durante todo o trajeto, os manifestantes, muitos deles com rostos pintados, exibiam faixas e cartazes de protesto contra as mortes dos povos indígenas, bem como o lema principal da marcha: “Somos todos Guarani-Kaiowá”.

Cacique guarani da Aldeia Boa Esperança, de Aracruz, norte do Estado, Werá Kwaray, fez críticas ao genocídio dos índios e destacou o apoio da sociedade civil organizada, em favor da luta indígena.

“Parte da sociedade não entende porque lutamos pelos nossos direitos, pois a manipulação da grande imprensa faz que os índios sejam vistos como baderneiros, incapazes, sem sabedoria. Mas hoje, a gente entende, que foi através dessas lideranças (conselhos de profissão e entidades que apoiam à causa dos índios) que entraram na luta e das conquistas nos artigos 231 e 232 da Constituição Federal, que são apoios que temos que abraçar, pois somos seres humanos iguais a todos”, argumentou o cacique.

Ele ainda apontou o que considera ser o motivo de tantas mortes dos índios. “São os próprios poderes que criam essa violência”, alegou.

Já a índia Tupinikim Josi, da Aldeia Pau Brasil, também de Aracruz, questionou o Estado democrático brasileiro.

“Que democracia é essa com vários de nossos parentes morrendo, e o Estado do Mato Grosso do Sul não está nem aí”, criticou.

Um dos líderes do movimento, o estudante da Ufes, Walmir Júnior explicou o motivo do ato.

“Estamos aqui marchando para exigirmos que parem com o genocídio dos povos indígenas de nosso País. Não ao progresso da morte!”, disse.

“Relâmpago como a Cor do Sol”. O cacique Guarani Werá Kwaray revelou o significado de seu nome: “Relâmpago como a Cor do Sol”.

Além da profissão
Para a presidente do CRP-16, Andréa Nascimento, a luta em favor das comunidades indígenas vai muito além da profissão.

“A participação num ato em defesa dos índios, ultrapassa a Psicologia é uma questão de humanidade”, frisou.

*Fotos do link: Sérgio Cardoso

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