Psicologia e Direito à Memória e à Verdade: últimos dias para contribuir!
Psicólogas/os e estudantes de Psicologia que sofreram violações de direitos durante a ditadura militar podem dar sua contribuição até o dia 18 de março, clicando aqui
O Sistema Conselhos de Psicologia está colhendo depoimentos de psicólogas/os e estudantes de Psicologia que sofreram violação de direitos, ou que no exercício da Psicologia, tiveram relatos de casos de pessoas que vivenciaram, direta ou indiretamente, o período da ditadura civil militar.
Aqui no Estado, o mapeamento será de responsabilidade da Comissão de Direitos Humanos do CRP-16.
Quem pode contribuir? Pessoas que sofreram violações de direitos durante o período ditatorial nos municípios capixabas ou em outros estados, mas que hoje vivem no Espírito Santo, podem contribuir.
Preencha este formulário para que o Conselho possa ter a sua contribuição! Cabe ressaltar que o prazo para preenchimento do formulário será até a segunda-feira, dia 18 de março de 2013. Após essa data, quem preencheu o formulário será convocado pela Comissão de Direitos Humanos do CRP-16 para dar sua contribuição de acordo com o que foi respondido no link acima.
“Psicólogas e psicólogos que viveram diretamente a questão da ditadura ou que eram estudantes na época; a/o psicóloga(o) que tem relação com alguém que sofreu diretamente alguma violação; e as/os psicólogas(os) que ouviram relatos no seu fazer psicológico podem participar deste mapeamento”, explica o conselheiro da Comissão de Direitos Humanos do CRP-16, Felipe Rafael Kosloski.
Urgência. É importante destacar que a previsão é de que a sistematização dos relatos seja divulgada pelo CFP no dia 31 de março de 2013 – data que marca os 49 anos do golpe militar no Brasil. Por isso, quem puder e quiser contribuir deve fazê-lo o quanto antes!
O conselheiro do CRP-16 Felipe Kosloski representou o Conselho em uma capacitação promovida pelo Conselho Federal de Psicologia, nos dias 18 e 19 de janeiro em Brasília.
Essa oficina contou com a participação de conselheiras/os das comissões de Direitos Humanos dos Regionais e do CFP, sendo realizada para intensificar as atividades da mobilização Psicologia e o Direito à Memória e à Verdade.
Veja também: Comissão Nacional da Verdade*
O objetivo do Sistema Conselhos e Psicologia é de levantar fatos que ocorreram com psicólogas/os e estudantes de Psicologia durante a ditadura militar. Mas essa ação também é realizada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) de maneira mais abrangente.
A CNV foi criada pela Lei 12.528/2011 e instituída em maio de 2012. Ela tem por finalidade apurar graves violações de direitos humanos, praticadas por agentes públicos, ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988.
A CNV já estava contemplada no Plano Nacional de Direitos Humanos do Governo Federal. De acordo com a Lei 12.528, a Comissão terá dois anos (contados a partir da sua instituição) para realizar os seus trabalhos, sendo vinculada à Casa Civil da Presidência da República.
A psicóloga paulista Maria Rita Kehl é membro da CNV. Veja mais informações sobre a Comissão aqui.
Comissão da Verdade da Ufes. O jornal A Gazeta noticiou no dia 26 de fevereiro que a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) deve publicar uma portaria para criação da Comissão da Verdade da instituição.
O objetivo é analisar ações da ditadura no Estado e sobretudo na própria Ufes, que assim como outras universidades, foi monitorada pelo regime militar. Confira aqui a matéria.