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CRP-16 destaca a importância da equipe multidisciplinar nas escolas em audiência pública

Postado no dia 14 de abril de 2015, às 22:04

Psicólogas revelam contribuição da Psicologia no âmbito escolar

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Audiência foi realizada na Assembleia Legislativa, no dia 09 de abril

O CRP-16 destacou a importância das psicólogas e dos psicólogos e de uma equipe multidisciplinar atuarem dentro das escolas, em audiência pública, no Plenário da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), na quinta-feira, 09 de abril de 2015.

Com o tema, “A Inserção da Equipe Multidisciplinar nas Escolas Públicas de nosso Estado”, a audiência foi proposta pela deputada estadual Eliana Dadalto (PTC) e realizada pela a Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional da Ales.

O Conselho de Psicologia foi representado pela psicóloga Grace Rangel. Em sua fala, ela explicou a contribuição da profissão nas escolas.

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Grace: “escola como um espaço de formação e não um espaço clínico”

“A Psicologia vem para fornecer seu conhecimento científico, de desenvolvimento humano, de processo de aprendizado, de recursos humanos. Ou seja, tudo aquilo que nós temos de conhecimento para ser colocado dentro da escola como um espaço de formação e não um espaço clínico, terapêutico, mas para colaborar com todos dentro daquele contexto”, pontuou a representante do Conselho.

Além disso, ela entende que o trabalho da equipe multidisciplinar dentro das escolas também é importante.

“O professor já foi formado para ter uma determinada participação, mas ele sozinho não consegue atender a todas as necessidades colocadas no dia-a-dia da escola. Por ser um espaço que prega o desenvolvimento do ser humano, há a necessidade de uma equipe multidisciplinar para atender essa formação, de pessoas não somente alunos, que possa colaborar com todas as questões e problemas que podem surgir dentro de uma escola”, afirmou.

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Público acompanha as falas das entidades representadas na mesa da audiência

Grace exemplificou como pode ser a atuação da psicóloga e do psicólogo no ambiente escolar.

“(A Psicologia pode atuar) seja junto de um aluno que esteja com problema de aprendizagem, seja na formação de professores, como na questão (que a deputada falou) da carga horária, do stress, então a gente precisa olhar para saúde dos professores. Até na questão da mediação dos conflitos. Ou seja, em todos os espaços que possam oferecer uma formação”, acrescentou.

Segundo ela, “a escola tem a obrigação de devolver à sociedade uma pessoa capaz de atuar em consciência com todos”. Grace abordou ainda sobre a mudança social que a escola pode promover.

“Quando a gente pensa na questão da violência, nos problemas que temos hoje, em muitos casos, vai ser a escola o fator de proteção. Ela é o local onde o Estado pode fornecer uma nova tentativa para o sujeito. Sabemos que os problemas sociais são muito amplos. Esperar que um traficante saia daquele bairro, esperar que coisas grandiosas aconteçam é esperar demais e não ter resultado. Então, talvez, com a escola a gente possa iniciar um movimento que possa mudar essa realidade”, analisou.

Alerta aos gestores
Quando abriu os trabalhos, a deputada proponente da audiência, Eliana Dadalto (PTC), explicou que seu projeto de lei para inserir equipes multidisciplinares nas escolas surgiu da percepção que ela teve de que faltam políticas eficazes para crianças e adolescentes.

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Deputada Eliana

“Precisamos fazer essa discussão para alertar aos gestores, principalmente os municipais. Vejo que desde as creches precisamos ter essa equipe multidisciplinar. E, por meio dos psicólogos e assistentes sociais do SUAS, não conseguimos chegar na Educação. E nas escolas, esses profissionais vão fazer a ligação com a política de assistência social”, argumentou.

“Mito”
Também compondo a mesa da audiência, a psicóloga e professora de uma faculdade particular de Linhares, Roberta Scaramussa, disse que ter psicólogas e psicólogos na escola é “um sonho antigo”. “E o mais interessante tem sido a crescente demanda pelo nosso trabalho nas escolas públicas”, complementou.

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Roberta: SUAS, SUS são espaços complementares (à educação)

 

A professora destacou que considera um “mito” o argumento de que profissionais de Psicologia não são necessários nas escolas por já atuarem em outros espaços.

“A atribuição da(o) psicóloga(o) nas escolas é diferente da Saúde e do SUAS. É um mito dizer que não precisa ter psicóloga(o) na escola, por ter no SUAS e no SUS. Não são espaços concorrentes. São complementares”, explicou.

A mestra em Psicologia Jucineide Della Valentina, professora de uma faculdade de Aracruz, também estava na mesa. Ela disse que o trabalhado da/o psicóloga(o) nas escolas “não é de bombeiro”.

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Jucineide: “não somos bombeiros”

“Para gente poder participar do processo, precisamos estar juntos, debatendo e compartilhando o que acontece dentro da escola, estando lá dentro. E não sendo chamado apenas para apagar fogo”, assinalou.

Recursos e concurso público
A origem dos recursos para implantação da equipe multidisciplinar também foi discutida na audiência. Foi questionado se o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) poderá ser utilizado para custear a inserção dos profissionais nas escolas.

Além disso, houve cobrança para que a equipe seja composta por servidores efetivos. A conselheira do Conselho Regional de Serviço Social da 17ª Região/ES (Cress-17) Vanda Valadão, revelou que a entidade vai trabalhar para que o projeto de lei garanta que as(os) psicólogas(os) e as(os) assistentes sociais sejam efetivos no contexto da escola.

Vanda cobra concurso público para profissionais da equipe

Vanda cobra concurso público para profissionais da equipe

“Vamos acompanhar, pois queremos que o projeto tenha a perspectiva de trabalho desses profissionais, pois para enfrentarmos os problemas não podemos enfrentar como DT’s (trabalhadores em designação temporária)”, pontuou.

Reivindicações. Quando o público começou a fazer perguntas à mesa, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, pedagogos e nutricionistas reivindicaram que suas profissões também integrem a equipe multidisciplinar, destacando sua importância para contribuir com a formação do aluno.

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2 thoughts on “CRP-16 destaca a importância da equipe multidisciplinar nas escolas em audiência pública”

  1. Eunice disse:

    Será desafiador, o corpo pedagógico por vezes encontra-se enrijecido pelo sistema.

  2. Eunice disse:

    Será desafiador, o corpo pedagógico por vezes encontra-se enrijecido pelo sistema.

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