CRP-16 participa de audiência pública sobre política de saúde mental em Cariacica
Evento discute as dificuldades da falta de serviços da Raps no município.
A presidente da Comissão de Saúde do CRP-16, Keli Lopes, representou o Conselho na audiência pública “Em Defesa da Política de Saúde Mental Cariacica”, promovida pela Câmara de Vereados do município, no dia 21 de maio, na Escola Estadual do Ensino Médio Hunney Everest Piovesan, no bairro Santa Fé. O evento discutiu as dificuldades da falta de serviços da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) no município.
Além da representação do Conselho, órgãos e entidades, como a Defensoria Pública, Ministério Público, Núcleo da Luta Antimanicomial e outros discutiram o sistema de atendimento psicossocial da cidade, e foi pontuada a necessidade de implementação da RAPS na localidade.
Entre os temas expostos, foi mencionado a ação que a Defensoria Pública de Cariacica moveu contra a Prefeitura a respeito da implementação de um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil na cidade. Segundo o processo, o prazo de execução seria de 120 dias.
Em sua fala, a conselheira destacou a importância do trabalho dos CAPS e a relevância da cultura, da arte e do lazer como partes integrantes do tratamento em saúde mental. Também expôs que essas estratégias têm que ser fortalecidas para que internações não sejam tratadas como primeira ou única forma de tratamento.
A audiência foi proposta pelo vereador Professor Elinho.
Saúde Mental na Atenção Básica
Conforme apresentado na audiência, o município possui apenas três equipes de Saúde Mental na Atenção Básica e uma equipe para tratar das questões relativas a problemas com o abuso de álcool e outras substâncias psicoativas, e que os dois CAPS II do município são de gestão estadual.
Segundo representantes da Defensoria Pública, internações compulsórias para usuários de drogas são comuns no órgão, e o encaminhamento para internações em clínicas é de no máximo 30 dias.