Há um ano, a lama de rejeitos de minério atingia a extensão capixaba do Rio Doce
CRP-16 lembra que famílias, trabalhadores, comunidades e a natureza não vão esquecer a tragédia
Segunda-feira, 16 de novembro de 2015, a lama de rejeitos de minério chegava à extensão capixaba do Rio Doce, após o rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Samarco, da Vale e da anglo-australiana BHP, localizada no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, no dia 05 daquele mês. A lama de rejeitos de minério encontraria o Oceano Atlântico, na foz do Rio Doce, no balneário de Regência, em Linhares, no dia 21 de novembro daquele ano.
Quarta-feira, 16 de novembro de 2016, há exatos 12 meses da chegada da lama no ES, a tragédia, considerada o maior desastre ambiental do Brasil, que tirou a vida de 19 pessoas, está longe de ser esquecida. E longe também de uma solução. O grande potencial turístico de Linhares foi duramente afetado, assim como em Mariana (MG). Assim como a vida de toda a população ao longo do curso de mais de 650 km de um dos mais importantes rios da Região Sudeste.
Após um ano de a lama ter atingido o ES, o CRP-16 lembra a data, reforçando que as famílias, as/os trabalhadoras/es, as comunidades e a natureza jamais vão esquecer a tragédia. O próprio Conselho também não esquecerá!
Mobilização do Conselho
Ainda em novembro de 2015, o CRP-16 iniciou uma articulação para ajudar a população afetada pela lama de rejeitos de minério no Estado. Depois disso, o Conselho lançou uma campanha para arrecadar donativos para as vítimas da tragédia.
No dia 22 de dezembro, o CRP-16 esteve em Regência, em Linhares no Norte do Estado. Após uma reunião com lideranças locais, o Conselho realizou duas atividades de aperfeiçoamento em Psicologia nas emergências e desastres.
Desse empenho, ocorreram duas oficinas: uma em Linhares, em janeiro de 2016; outra em Vila Velha, em fevereiro deste ano.
Comissão. Em atenção à atuação da Psicologia nas emergências e desastres, o V Plenário do CRP-16 criou uma comissão exclusiva para tratar de ações nesta área: a Comissão de Psicologia nas Emergências e Desastres (CPED).
A comissão é presidida pela psicóloga e conselheira do CRP-16, Rebecca Fagundes e Costa, contando ainda com as conselheiras: Bárbara Lara de Araújo Merçoni e Tammy Andrade Motta e apoio do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop) do CRP-16.