CRP-16 se articula para ajudar população afetada pela lama da Samarco
Conselho, mais uma vez, se propõe a colaborar com ações voltadas na área de emergências e desastres. Confira também a nota de apoio divulgada pelo IV Plenário
O CRP-16 vem se articulando para ajudar a população capixaba que está sendo afetada pelo maior desastre ambiental da história do Brasil. A articulação vem ganhando força nos últimos dias, já que a lama, com rejeitos da mineradora Samarco, chegou ao litoral de Linhares no Norte do Estado, na foz do Rio Doce, no distrito de Regência Augusta, no dia 21 de novembro. Ela havia atingido o Noroeste do Estado, em Baixo Guandu, no dia 16 do mesmo mês.
Diante disso, o Conselho já entrou em contato com Faculdade Pitágoras, no município linharense. O objetivo é que a instituição possa sediar treinamentos/oficinas para psicólogas/os poderem colaborar com as comunidades ribeirinha e pesqueira.
“Não tivemos a ocorrência de desabrigados, como aconteceu em Mariana (MG). Mas a nossa preocupação é com o impacto psicológico e social que o desastre pode gerar nas comunidades que dependem do rio e da pesca, pois elas ficarão sem sua subsistência. Fizemos o contato com a Faculdade Pitágoras que aceitou ceder seu espaço para disponibilizarmos o treinamento a profissionais da região que tiverem interesse em ajudar”, frisa a conselheira do CRP-16 Rebeca Fagundes.
A previsão é de que o Conselho faça uma visita à Regência no final de novembro. E há a possibilidade de o treinamento ser realizado no início de dezembro. Além disso, o Conselho está em contato com profissionais da Biologia e da Oceanografia e com outras organizações que possam colaborar com informações e dados pertinentes que venham a ajudar no trabalho de amparo às comunidades atingidas.
Nota de apoio: Confira aqui a nota de apoio à população de Mariana e aos Estados de MG e do ES, divulgada pelo IV Plenário do CRP-16.
Rompimento
O rompimento da barragem da Samarco, que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP, inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Região Central de Minas Gerais, no dia 5 de novembro. Desde então, a lama se apoderou do Rio Doce e seguiu o seu curso em direção ao Atlântico. E, segundo especialistas, o movimento da lama está sendo guiado pelo vento, maré e força das ondas.