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Conheça as ações do CRP-16, após os atentados a escolas de Aracruz

Postado no dia 11 de janeiro de 2023, às 19:10

Após o atentado em duas escolas em Aracruz, na região Norte do Estado do ES, em 25 de novembro de 2022, o CRP-16 imediatamente passou a acompanhar os desdobramentos da tragédia, que atingiu diretamente dezenas de pessoas e afetou toda uma comunidade.

📢 Próximos passos: Eventos em Aracruz e no Rio de Janeiro. Confira ao longo desta matéria.

Trata-se de situação que se configura como de emergências e desastres, causado por ações de extrema violência estimuladas por discursos de ódio, um novo fenômeno a ser reconhecido pela sociedade e enfrentado pelo poder público.

O CRP-16 vem contribuindo com orientação técnica profissional, pautada nos Direitos Humanos, no Código de Ética da Psicóloga e em demais resoluções e referências do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Além disso, colocou-se em articulação com o poder público municipal e estadual visando contribuir com orientações pertinentes para o planejamento de ações voltadas aos atingidos e afetados, às psicólogas(os) e à rede intersetorial envolvida com os cuidados da comunidade.

A autarquia reiterou junto ao poder público que as ações de cuidado e planos de enfrentamento precisam ser articuladas entre os entes federativos e de forma intersetorial, entre saúde, educação, assistência social e segurança pública dentre outros. Os direcionamentos devem estar previstos nas políticas públicas, contendo ações em curtíssimo, curto, médio e longo prazo para toda a comunidade escolar e local, abrangendo todas as pessoas que tenham sido afetadas por essa forma violência.

O CRP-16 também vem salientando que as providências a serem tomadas precisam levar em consideração o macrocontexto relacionado aos fenômenos da violência e seus diversos aspectos sócio-históricos e culturais, integrando intersetorialmente os diversos atores e políticas públicas necessários para as intervenções que essa forma de violência exige.

O CRP-16 ressalta o entendimento de que esse ato de violência extrema não é um caso isolado, mas aponta para a expansão de fenômeno de violência relacionado a propagação de discursos de ódio na sociedade e de posicionamentos extremistas, antidemocráticos e que chegam a incitar a aniquilação de grupos e pessoas vulneráveis identificadas como inimigos.

O CRP-16 também divulgou notas e posicionamentos à sociedade e à categoria, concedeu entrevistas na imprensa e colaborou em capacitações, ações orientativas, palestras, além de continuar acompanhando a situação presencial e remotamente.

Comitê de Crise
Desde o início, o VII Plenário do CRP-16 acompanha a situação por intermédio de um Comitê de Crise que integra a Comissão Permanente de Emergências e Desastres (COPED) da autarquia e representação de outras comissões. A conselheira do CRP-16 Stéfani Martins Pereira atua no município de Aracruz e acompanha os desdobramentos das ações públicas localmente. Ela é uma das que integram o grupo conselheiras/os do Regional capixaba que está conduzindo os trabalhos por parte do Conselho.

Integram o Comitê de Crise as conselheiras e conselheiros Ana Claudia Gama Barreto, Diana Nascimento Freire, Jean Fabrício Sales Gomes, Marina Francisqueto Bernabé, Rafaela Kerckhoff Rolke Piantavinha, Rodrigo dos Santos Scarabelli, Stéfani Martins Pereira e Thiago Pereira Machado, representando a COPED e as comissões de Saúde, de Educação, de Relações Raciais, de Gênero e Diversidade Sexual, de Direitos Humanos, de Políticas Públicas e Sociais e de Orientação e Fiscalização.

Também colabora com o comitê a ex-presidenta do CRP-16 e atual conselheira do Conselho Federal de Psicologia Carolina Barbosa Roseiro, oportunizando interlocuções junto ao CFP.

Próximos passos: eventos em Aracruz e no RJ
A articulação entre os conselhos de Psicologia vai ser reforçada com a participação do CRP-16 e dos demais conselhos regionais do Sudeste no Encontro Regional de Psicologia e Violência de Estado, previsto para março, no Rio de Janeiro.

O conselheiro-presidente do CRP-16, Thiago Machado Pereira, adiantou a realização deste evento no Rio, em entrevista concedida à Rádio CBN Vitória no dia 20 de dezembro, no qual falou sobre o atentado de Aracruz.

Em Aracruz. Além disso, o Conselho fará um seminário em Aracruz previsto para o dia 10 de fevereiro.  

Psicólogas e assistentes sociais nas escolas. Na articulação com o poder público e junto à imprensa, o CRP-16 tem chamado atenção para a necessidade de implementação da Lei 13.935/2019 (prestação de serviços de Psicologia e de Serviço Social nas redes públicas de educação básica). Em contato com o município de Aracruz e com o governo do Estado, a autarquia se disponibilizou a auxiliar para que o poder público efetive a aplicação da lei.

Importante salientar que a atuação da Psicologia nesse espaço não visa à realização de atendimento psicoterapêutico/individualizado nas escolas. Mas sim, contribuir para o fortalecimento de estratégias pedagógicas transversais que trabalhem com a comunidade escolar como um todo, temas importantes para a sociabilidade com respeito à diversidade, pluralidade de ideias, tolerância e mitigação de discursos de ódio para, de alguma maneira, prevenir que episódios como esse se repitam.

Veja abaixo mais detalhes das ações do CRP-16

Notas. Em 25 de novembro, o CRP-16 divulgou em seu site e em suas redes sociais a publicação: “Nota de orientação do Conselho sobre tragédia em escolas em Aracruz”.

Em 8 de dezembro, o Conselho divulgou, em  seu site e redes, o texto: “Atentado em Aracruz: Orientações Técnicas à categoria sobre emergências e desastres”.

No dia 19 do mesmo mês, o CRP-16 divulgou a publicação: “Atentado em Aracruz: CRP-16 divulga orientação técnica para prestação de serviços na região”.

Imprensa. Além da entrevista concedida à Rádio CBN Vitória, no dia 20 de dezembro, o presidente do CRP-16, Thiago Pereira Machado, foi uma das fontes de uma reportagem de A Gazeta sobre o atentado, publicada em 26 de novembro.   

Envio de ofícios. No dia 28 de novembro, o CRP-16 encaminhou ofícios às secretarias municipais e estaduais de Saúde, de Educação e de Assistência Social, com orientações sobre a atuação de psicólogas e psicólogos em emergências e desastres. No documento, o Conselho se colocava à disposição para orientar a atuação das psicólogas e psicólogos que trabalham na Saúde, Educação e Assistência Social.

Na orientação, o Conselho pontuou que pode colaborar na construção do plano de acompanhamento à comunidade escolar atingida. O CRP-16 reforçou a necessidade de que esse plano seja construído entre os entes federativos municipal e estadual e de forma intersetorial com participação das pastas da Saúde, Educação, Assistência Social, Segurança Pública entre outros. Os direcionamentos devem estar previstos nas políticas públicas, contendo ações em curtíssimo, curto, médio e longo prazo para toda a comunidade escolar ou outras que sejam alvo dessa forma de violência.

Palestra e formação
No dia 8 de dezembro, o CRFP-16 promoveu uma formação online em primeiros socorros psicológicos com profissionais da rede assistencial de Aracruz, ministrada pelo psicólogo Bernardo Dolabella Melo e pela psicóloga Daniela Reis, colaboradora da COPED do CRP-16. Bernardo é coordenador do setor Psicossocial da Cruz Vermelha Brasileira – Filial Minas Gerais e membro da Comissão de Psicologia Orientativa de Emergências e Desastres do CRP-04/MG

O objetivo da formação, para psicólogas/os, assistentes sociais, equipes da saúde, assistência social e educação, foi realizar orientações aos profissionais que estão realizando acolhimento aos afetados pela violência em relação aos primeiros cuidados psicológicos.

Raps de Suzano SP

O Conselho também promoveu reunião remota entre a secretaria de saúde de Aracruz e profissionais da equipe da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) de Suzano, em São Paulo, no dia 05 de dezembro, para troca de experiências sobre organização da rede. Em 2019, o massacre ocorrido no município de Suzano terminou com dez mortos, sendo sete da Escola Estadual Professor Raul Brasil.

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