28 de junho é Dia Internacional do Orgulho Gay!
É momento de reafirmar a luta contra a LGBTfobia. E também de desmistificar o viés terrorista que parte da imprensa deu ao massacre, nos EUA no dia 12 deste mês
28 de junho é Dia Internacional do Orgulho Gay. É momento de a Psicologia reafirmar o respeito às orientações sexuais em favor da diversidade sexual e contra quaisquer formas de patologização das sexualidades que não se enquadrem no conceito da heteronormatividade.
Para o CRP-16, é dia também de a Psicologia, enquanto ciência e profissão, reforçar o seu comprometimento com o fim das práticas homofóbicas, lesbofóbicas e transfóbicas tão presentes em meio à sociedade.
Neste ano, é importante lembrar um caso recente de LGBTfobia, que se configurou no maior massacre a tiros na história norte-americana, na boate gay Pulse, em Orlando, Flórida, nos EUA.
Na madrugada do dia 12 de junho, Omar Siddique Matteen, um legítimo cidadão americano, de posse de armas compradas fácil e legalmente em seu País, entrou na boate, assassinou 50 pessoas e deixou 53 feridas.
Boa parte da imprensa tratou o caso como um ato terrorista, classificando-o como o pior atentado desde o 11 de setembro de 2001. Porém, há quem pense o contrário. É o caso do jornal El País, que classificou o massacre como sendo motivado pelo ódio aos gays, pela homofobia.
Para a psicóloga e conselheira do CRP-16 Penelope Zecchinelli Sampaio, a chacina não pode ser classificada como terrorismo.
“Filho de imigrantes afegãos, o atirador viveu imerso na cultura norte-americana, não tem nada de terrorismo. Ele frequentava a boate, inclusive. Era o americano típico com acesso fácil a armas de fogo como ocorre com qualquer cidadão americano. Foi um atentado homofóbico”, pontua a conselheira.
Na mesma semana do massacre homofóbico no EUA, a Psicologia brasileira reafirmou o seu enfrentamento à homofobia.
Entre os dias 16 e 19 foi realizado o 9º Congresso Nacional da Psicologia (9º CNP), em Brasília, onde foi lançada a Articulação Nacional de Psicólogas/os LGBT (ANP LGBT), de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com vistas a enfrentar os retrocessos no que se refere aos direitos LGBTs no Brasil. Um importante instrumento do Sistema Conselhos também foi pauta do evento.
“Foi aprovada atualização da Resolução nº 01/1999, que já está respaldada pela Justiça Federal. Ela não poderá ser extinta, mas foi definido que ela será potencializada para reforçar a luta contra o retrocesso que acontece na nossa própria profissão com psicólogos pregando cura gay, por exemplo”, ressalta a conselheira do CRP-16 e delegada do 9º CNP, Juliana Figueiredo.