Comissão eleitoral homologa chapa inscrita para as Eleições CRP-16 2022
Confira a composição completa da chapa, bem como a plataforma de campanha do grupo
A Comissão Eleitoral homologou a chapa inscrita para a consulta que vai definir a próxima gestão do Conselho Regional de Psicologia da 16ª Região/ES (CRP-16).
A chapa “Plurais: Frente em defesa das Psicologias, pelo compromisso com a Ética, a Ciência e os Direitos Humanos” foi a única a se inscrever para participar do processo eleitoral. A inscrição foi realizada no último dia do 6º Congresso Regional da Psicologia (6º Corep), que o CRP-16 realizou, presencialmente, em Vitória, nos dias 9 e 10 de abril de 2022.
Após fazer a conferência dos 18 nomes inscritas/os, pelo encabeçador da chapa, psicólogo Thiago Pereira Machado, a CRE do CRP-16 apurou que todas/os estão aptos para participar do pleito. Com isso, divulga à categoria profissional a composição completa e a plataforma da chapa “Plurais…”.
Número: Na votação, a Chapa “Plurais…” será identificada pelo número 11!
Abaixo, confira a logo da chapa. Após as informações sobre a votação das Eleições Psicologia 2022, veja quem compõe a chapa e as propostas do grupo.
Votação é obrigatória!
As eleições serão realizadas entre os dias 23 e 27 de agosto de 2022. A votação será realizada, exclusivamente, de forma online, das 8 horas do dia 23 de agosto até as 17 horas do dia 27 de agosto, Dia da Psicóloga e do Psicólogo.
Vale lembrar: o voto é obrigatório, pessoal e intransferível. Quem não estiver apto a votar, deve apresentar justificativa, entre os dias 28 de agosto e 26 de outubro, no portal oficial das eleições do Sistema Conselhos.
Como saber se estou apto a votar? É preciso estar em dia com as suas anuidades até o ano de 2021, ainda que sob a forma de parcelamento do débito, bem como em pleno gozo de seus direitos. É de suma importância que o cadastro profissional (CPF, endereço postal, endereço eletrônico, telefone celular) esteja atualizado. Quem não cumpre esses critérios, não está apto a votar. Cumpre ressaltar que psicólogas/os com mais de 65 anos estão isentas/os de votar.
Chapa: Plurais: Frente em defesa das Psicologias, pelo compromisso com a Ética, a Ciência e os Direitos Humanos.
Composição
Thiago Pereira Machado CRP-16/3706 (encabeçador da chapa)
Ana Claudia Gama Barreto CRP-16/4553
Edireusa Fernandes Silva CRP-16/3016
Marina Francisqueto Bernabé CRP-16/2791
Rodrigo dos Santos Scarabelli CRP-16/1557
Diemerson da Costa Sacchetto CRP-16/2673
Rafaela Kerckhoff Rolke Piantavinha CRP-16/1650
Júlia Carvalho dos Santos CRP-16/4810
Diana Nascimento Freire CRP-16/4307
Felipe Rafael Kosloski CRP-16/1111
Stéfani Martins Pereira CRP-16/2818
José Antônio Souto Siqueira CRP-16/4079
Danthi Barbosa Lima CRP-16/4887
Iasmyn Cerutti Rangel CRP-16/3800
Danielly Abreu Xavier CRP-16/533
Jean Fabrício Sales Gomes CRP-16/2765
Bárbara Vitor de Aquino e Souza CRP-16/6615
Nayara Oliveira Francisco CRP-16/6231
Após a apresentação, confira as informações sobre cada componente com seus respectivos minicurrículos ou clique aqui para baixar o arquivo com a plataforma completa da chapa, disponibilizado pela CRE-CRP-16.
Apresentação
Somos um grupo composto por psicólogas e psicólogos de distintos percursos e trajetórias profissionais, residentes em diferentes municípios do Espírito Santo. E é a partir dessa pluralidade que nos organizamos para assumir a defesa pelas Psicologias que acreditamos.
O que nos alimenta nesse processo de composição de uma chapa para a disputa eleitoral ao mandato eletivo de gestão do Conselho Regional de Psicologia 16ª Região/ES deste ano é a perspectiva de conduzir os rumos da Psicologia capixaba nos próximos anos a partir da defesa intransigente da Ética, da Ciência e dos Direitos Humanos, que constituem a base da nossa profissão. A Ética que nos sustenta pode ser encontrada no Código de Ética Profissional da Psicologia, mas, para além dessa padronização organizativa da profissão, vinculamos o nosso olhar a um exercício profissional que compreende o processo histórico social de extrema desigualdade que constitui a história do Brasil, atuando na direção da superação das desigualdades que atingem a maior parte da população e fazem parte do cotidiano do trabalho da psicologia. Assim, a premissa de defesa dos Direitos Humanos é um princípio da atuação, visto que são a base para o trabalho da psicologia onde quer que a pluralidade do seu fazer aponte.
Diante de um cenário de recrudescimento de direitos à população, a psicologia vem sendo cada vez mais convocada a participar e atuar em espaços em que ocorrem inúmeras violações de direitos. A pandemia de covid-19 que atingiu e ainda atinge todo o mundo ampliou os problemas sociais já existentes, evidenciou a não garantia de direito à alimentação adequada, à moradia, ao acesso à saúde, à medicação, à geração de emprego e renda, ao lazer, cultura, esporte e o convívio social – algumas das questões fundamentais e necessárias para a saúde mental e o bem estar da população. Nesse mesmo contexto a psicologia foi demandada a atuar em uma conjuntura de intensificação do sofrimento psíquico, diretamente relacionada à crise sanitária, econômica e política que afetou, e ainda afeta, nosso país.
Diante desse cenário, a compreensão da psicologia dentro da perspectiva plural como ciência e profissão nos convoca a atuar na ampliação dos canais de comunicação com a categoria e com a sociedade nos diferentes espaços que se façam necessários. Considerando isso, uma de nossas principais diretrizes é a aproximação com a categoria, seja por meio da interiorização, orientação profissional, reorganização dos processos administrativos bem como a melhoria dos canais de comunicação.
O diálogo e a construção de um comum na psicologia capixaba estão no centro das nossas propostas e perspectivas para esse próximo triênio. Assim, nosso trabalho direciona-se em ações que provoquem uma aproximação da coletividade, com o foco nas trocas de saberes, partilhando as diferenças numa atividade essencial para a sociedade.
Cientes das nossas diferenças e do impacto delas na constituição profissional, e atentos para que elas não nos limitem ou corram o risco de homogeneizar nossa atuação, percebemos a comunicação como estratégica. Nesse sentido, priorizamos a não-hierarquização dos saberes na busca por uma comunicação que favoreça a integração, a construção e possibilite reflexões sobre o que realmente queremos para os enfrentamentos dos desafios impostos pela complexidade da atual realidade social, na prática profissional e nas lutas por Direitos Humanos. É cruzando nossos caminhos, sem sobreposições, com responsabilidade e cuidado que fortalecemos as nossas mobilizações de lutas por valorização profissional e garantia de direitos.
Valorizamos também a comunicação/articulação com a sociedade, por meio dos espaços institucionais vinculados às gestões e o controle social das Políticas Públicas que fazem parte da pluralidade do nosso fazer profissional. Além desses espaços, apontamos a importância de articulações com instâncias acadêmicas-científicas da Psicologia, tais, como ABEP, ABRAPSO, entre outras.
Compreendendo ainda a importância dos processos democráticos que sustentam o Sistema Conselhos de Psicologia, fundamentamos nossas propostas de campanha nas diretrizes Congressuais em curso. Além disso, resgatamos as resoluções oriundas do V COREP- ES, por identificar que algumas questões importantes não puderam ser devidamente trabalhadas em decorrência da Pandemia. Apresentamos, portanto, nossas propostas com a expectativa de que, uma vez colocadas em prática, poderão contribuir com o novo cenário que se anuncia em breve para a Psicologia capixaba: a transformação em um Conselho de médio porte, trazendo a exigência de uma capilarização do Conselho pelo Estado.
Sendo assim, nossas propostas estão alicerçadas nos três eixos orientadores do VI COREP e 11º CNP, a saber: Eixo 1 – Organização Democrática e Participativa do Sistema Conselhos no enfrentamento à Pandemia; Eixo 2 – Defesa do Estado Democrático e dos Direitos Humanos via Políticas Públicas; Eixo 3 – O fazer ético e científico da Psicologia no trabalho em saúde mental.
EIXOS DE ATUAÇÃO
Diretrizes Eixo 1 – Organização Democrática e Participativa do Sistema Conselhos no enfrentamento a Pandemia
- Defender a laicidade da Psicologia brasileira
- Interiorização;
- Valorização profissional;
- Comunicação/Articulação;
- Melhorias no atendimento a categoria, modernização dos procedimentos administrativos;
- Transparência;
- Acessibilidade.
Diretrizes Eixo 2 – Defesa do Estado Democrático e dos Direitos Humanos via Políticas Públicas
- Articulação com movimentos sociais e sindicais;
- Participação em espaços de controle social das Políticas Públicas;
- Mapeamento das psicólogas que atuam nas políticas públicas;
- Ampliar comunicação com a categoria sobre a participação em espaços de controle social.
Diretrizes Eixo 3 – O fazer ético e científico da Psicologia no trabalho em saúde mental
- Criar e fortalecer os grupos de trabalho conforme demandas apresentadas pela categoria;
- Campanhas de valorização profissional junto à sociedade capixaba;
- Análises e avaliações dos impactos da pandemia no cotidiano de trabalho nas diferentes áreas de atuação: saúde, educação e processos de aprendizagem, assistência social, avaliação psicológica, entre outros.
Propostas
Eixo 1 – Organização Democrática e Participativa do Sistema Conselhos no enfrentamento a Pandemia
- Apresentar um plano sistêmico de investimento visando a aquisição de espaços para a construção/instalação das subsedes do Conselho Regional e da sua melhoria em infraestrutura.
- Estruturar, no âmbito do CRP16/ES, estratégias e recursos tecnológicos para a participação à distância (como webconferência) em reuniões e outras atividades promovidas pelo respectivo Conselho, com o intuito de ampliar o envolvimento da categoria profissional nesse espaço.
- Regulamentar a divulgação de cursos e serviços pelos CRP’s, estabelecendo critérios para contrapartida de oferta de descontos pelas instituições interessadas para a categoria, bem como contemplando questões éticas e técnicas.
- Incentivar e participar de movimentos de caráter planetário visando o enfrentamento das consequências da pandemia, do colonialismo digital, da manipulação de subjetividades pelas plataformas tecnológicas, do combate ao racismo e da preservação do meio ambiente.
- Realizar ações com as secretarias Municipais e Estadual pertinentes, debatendo sobre as condições éticas e técnicas necessárias para exercício profissional e sobre a necessidade de autonomia das psicólogas.
- Apoiar as iniciativas das entidades sindicais no sentido de enfrentar os problemas do mundo do trabalho e reforçar estratégias de valorização da Psicologia;
- Criar campanhas de valorização do papel da(o) Psicóloga(o), reforçando as práticas privativas e funções específicas da(o) profissional de Psicologia, considerando, inclusive, os variados campos de atuação.
- Promover atividades online e/ou híbridas com vistas a ampliar a participação da categoria profissional, tanto na sede do Conselho, quanto nos municípios do interior do estado.
- Realizar reestruturação organizacional visando melhorias nos serviços prestados pelo CRP16.
- Realizar revisão do Plano de Cargos e Salários e instituir avaliação de desempenho profissional.
- Realizar campanhas informativas e de valorização das trabalhadoras do CRP16/ES para a categoria.
- Estruturar fluxo nos processos administrativos de modo a garantir prioridade nos processos administrativos para as(os) psicólogas(os) com deficiência.
- Organizar espaços coletivos para articulação, fortalecimento e consolidação de debates, projetos e organização coletiva de uma Psicologia Capixaba.
- Criar um modelo simplificado de Relatório de Prestação de Contas para publicização e apresentação à categoria de forma mais acessível para entendimento da mesma.
Eixo 2 – Defesa do Estado Democrático e dos Direitos Humanos via Políticas Públicas
- Promover regularmente ações orientativas e de incentivo à categoria para exercício do acesso à informação, considerando o compromisso legal e ético do CRP16/ES com transparência como um dos princípios fundamentais da administração pública.
- Fomentar e ampliar a participação de Psicólogas(os) nos Conselhos Municipais e Estaduais de direito e em outros espaços de organização de trabalhadoras(es), como fóruns e sindicatos, através de ações de aproximação e articulação com as(os) gestoras(es) das políticas públicas, informando sobre a importância do Conselho de Classe e de suas atividades no fortalecimento da profissão e das próprias políticas setoriais.
- Articular com as gestões municipais e estadual o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), nos termos da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial.
- Realizar mapeamento das psicólogas(os) que atuam em políticas públicas visando conhecer as lacunas a serem preenchidas frente às demandas relacionadas à garantia de direitos humanos.
- Realizar debates sobre a importância da perspectiva latino-americana para a atuação profissional.
- Articular com as gestões do poder público municipais e estadual visando promover debates e incentivo a capacitação de profissionais de saúde que atuam em serviços de urgência e emergência, na atenção às pessoas tentantes do suicídio.
- Promover debates sobre a importância da participação de psicólogas e estudantes de Psicologia nas diversas instâncias de controle social, tanto municipais e estaduais, com foco na defesa e promoção dos direitos humanos.
- Articular debates com o poder executivo municipal e estadual acerca das condições éticas e técnicas necessárias para exercício profissional e a importância da autonomia da psicóloga.
- Realizar a aproximação entre o Conselho de Psicologia e as residências multiprofissionais, com objetivo de acompanhamento e produção de orientações sobre a qualidade da formação e valorização dos serviços públicos e relação de trabalho.
- Promover debates com a sociedade civil, poder público, Conselhos de Direito, Instituições de Ensino Superior e Categoria Profissional visando o enfrentamento do capacitismo, demarcando o posicionamento ético-político da Psicologia em favor da equidade, acessibilidade e de Direitos Humanos.
- Articular com o poder estadual e municipal a implementação da lei 13935/2019, visando a contratação de psicólogas(os) (es) na rede de Educação Básica.
Eixo 3 – O fazer ético e científico da Psicologia no trabalho em saúde mental
- Propor elaboração do Código de Ética Profissional comentado, na tentativa de abranger questões práticas da atuação da(o) Psicóloga(o) e sua relação com a ética e a defesa dos direitos humanos.
- Retomar o Grupo de Trabalho relacionado à atuação na área clínica em suas diferentes pluralidades de abordagens teóricas e, também, de Avaliação Psicológica.
- Organizar eventos e participar de iniciativas voltadas ao reconhecimento e superação de déficits de desenvolvimento e educacionais, assim como de traumas decorrentes da pandemia da COVID-19.
- Realizar debates sobre a importância das perspectivas latino-americanas, afro- brasileiras e indígenas para a Psicologia brasileira.
- Realizar e fomentar debates contra-hegemônicos, reiterando epistemologias e perspectivas de matrizes outras do pensamento.
- Reiterar o compromisso de mobilização e garantia de participação efetiva de Movimentos Sociais e Populares na composição das comissões e na construção coletiva dos debates de interesses das mesmas, bem como em todo processo de construção, defesa e atuação do pleno, articulando ações conjuntas.
- Defender junto às associações acadêmico-científicas o ensino presencial como indispensável para a formação de Psicólogas.
- Promover diálogo, em conjunto com os órgãos de saúde estadual e municipais, sindicatos e conselhos de controle social para debater sobre a importância da implantação do serviço de Saúde do Trabalhador dentro das instituições públicas, com a presença de psicólogas neste serviço.
- Garantir, defender e participar da construção e manutenção das comissões que compõem o escopo do CRP/16, suas pautas e discussões.
- Realizar ações visando orientação para psicólogas, comunidade escolar e a sociedade em geral, sobre a atuação da psicóloga escolar.
- Realizar mapeamento das psicólogas(os) com deficiência que atuam no ES visando conhecer os enfrentamentos para sua atuação, bem como às demandas de garantias de direitos humanos.
- Realizar campanhas e orientações que reforcem o Código de Ética da Psicologia, as resoluções e orientações técnicas que incidam na defesa de direitos dos grupos minoritários.
- Promover ações e atividades junto a categoria acerca das questões que envolvem as temáticas étnico-raciais com vistas a fortalecer a Comissão de Relações Raciais.
- Promover ações e atividades junto a categoria acerca dos enfrentamentos das pessoas com deficiência quanto a dupla discriminação vivenciadas por questões de gênero, raça e cor.
*As informações da plataforma foram enviadas pela chapa.