CRP-16 participa de audiência pública da CPMI da Violência Contra a Mulher
Será nesta sexta, 11 de maio, às 14h, na Ales, em Vitória. CRP-16 fara depoimento no evento: confira a íntegra
O CRP-16, historicamente engajado em políticas de combate à violência contra a mulher, e com assento no Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Espírito Santo (Cedimes), vai marcar presença na audiência.
A psicóloga Carla Carion representará a presidente do CRP-16 Andréa Nascimento e fará depoimento em nome do orgão de classe da Psicologia capixaba. Leia aqui a íntegra.
De acordo com a conselheira e representante do CRP-16 no Cedimes Jamily Fehlberg, o Conselho dos Direitos da Mulher produzirá um documento para ser enviado à audiência.
Isso foi decidido, a partir do convite pessoal da senadora Ana Rita, que integra a CPMI. No dia 23 de abril, ela esteve pessoalmente em reunião extraordinária do Cedimes. A fala da Senadora foi no sentido de explicar sobre a CPMI e sensibilizar as conselheiras sobre a necessidade de participação no dia 11 de maio.
Segundo a conselheira Jamily, é necessário que a Psicologia do Espírito Santo também se manifeste sobre a questão, durante a audiência pública.
“Vamos encaminhar um ofício para audiência, relatando as dificuldades da atuação da Psicologia na rede de violência contra a mulher”, explicou a psicóloga.
Ela também chamou atenção para a importância da participação da categoria na audiência.
“A Psicologia possui um importante papel no trabalho tanto de conscientização e empoderamento da mulher para prevenir a violência, quanto de reestruturação destas quando vítimas. Por isso é importante que os psicólogos e as psicólogas participem desse momento tão importante para o Estado”, frisou a conselheira Jamily.
Mapa da Violência
O Mapa da Violência 2012 – Os Novos Padrões da Violência Homicida no Brasil – do Instituto Sangari traz dados drásticos sobre a taxa de homicídios no Brasil, que alcançou a marca de mais de 1 milhão de mortos, em 30 anos – entre 1980 e 2010.
Ao se falar sobre o índice de violência contra a mulher, nas “estatísticas recentes morrem acima de 4 mil mulheres anualmente vítimas de homicídio. Nos 30 anos considerados, morreram 91.886 mulheres por essa causa”, em todo o País, segundo o mapa.
E o Espírito Santo, em 2010, liderou o ranking de taxas de homicídios femininos, entre todos os estados brasileiros, com 9,4 mulheres mortas a cada 100 mil.
Números que reforçam a importância dos trabalhos da CPMI e das políticas contra a violência contra a mulher.