CRP-16 participa da audiência com deputado federal Jean Wyllys sobre Homofobia e Políticas Públicas
Presidente do Conselho, Andréa Nascimento, aponta carência de ações para combater a violência homofóbica no ES
O CRP-16 participou da audiência pública LGBT, Homofobia e Políticas Públicas, realizada no dia 27 de abril, na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), em Vitória. O deputado federal pelo Rio de Janeiro Jean Wyllys e o presidente da ONG Rio Sem Homofobia, Claudio Nascimento, foram os palestrantes convidados na audiência.
Nascimento destacou que no estado fluminense diversas medidas foram tomadas pelo poder público no sentido de diminuir as agressões contra os casais homoafetivos, mesmo com o preconceito que circula em torno do tema.
O deputado Jean Wyllys destacou os trabalhos de erradicação da homofobia*. Ele ressaltou que é preciso que o Poder Legislativo crie um espaço para discutir a violência que se abate sobre um segmento expressivo da população.
“Estamos caminhando a passos lentos no amadurecimento da nossa democracia e das nossas almas. O movimento LGBT está cada vez mais forte e colorido de diversas representações. Estamos fazendo progressos significativos. Nós estamos articulando com outras formas de discriminação. Erradicar a homofobia é erradicar um mal que abate não só os gays, mas toda população”, ressaltou.
A presidente do CRP-16, Andréa Nascimento, foi convidada a participar da mesa que conduzia os trabalhos da audiência.
Ela destacou que o Sistema Conselhos de Psicologia sempre esteve focado na bandeira dos direitos humanos e de uma atenção voltada à questão da homossexualidade.
Exemplos disso são a Resolução do CFP 001/1999, que estabelece normas de atuação para as(os) psicólogas(os) em relação à questão da orientação sexual; e a Resolução do CFP 014/2011, que dispõe sobre o nome social na carteira de identidade profissional (CIP) da(o) psicóloga(o).
“São pequenas ações, mas de grande relevância, haja vista que hoje enfrentamos uma bancada federal que, por interesses religiosos, querem derrubar nossa resolução (CFP 01/99)”, frisou a presidente do CRP-16.
Andréa citou ainda que percebe poucas as ações no Espírito Santo para diminuir as agressões aos homossexuais, bem como as políticas públicas de educação, saúde e assistência que consigam articular entre si propostas de atendimento a este público, seus familiares, e também à população em geral.
Ela pontuou que é preciso dar ênfase, do mesmo modo como foi dado ao bullyng nas escolas, à homofobia, visando a sua erradicação da sociedade.
Psicólogos e psicólogas capixabas acompanharam a audiência junto a movimentos sociais e a outros representantes da sociedade civil organizada.
*Trecho com informações da Rádio CBN.